Nossa história

(pequena história de um grande ideal)

Nossa Litteraria Academiae Lima Barreto foi fundada no final da década de 1940 por um grupo de jovens idealistas que anteviram o risco de uma “iminente invasão cultural que poria em risco a nossa nacionalidade”. Hoje vemos que eles tinham razão. Pena que não tiveram como sustentar seus ideais, e a L.A.L.B. resistiu somente no papel por mais de 60 anos.

No início de 2002, meus amigos Zé Olavo Balthazar e Ferreira de Miranda resolveram ressuscitar a Litteraria Academiae (assim mesmo, em latim, como originalmente foi fundada) e me convidaram para a batalha. E eu, também por ideal, acabei aceitando.

Um fato comum nos unia: todos éramos admiradores da obra do genial Lima Barreto, e tocados, também, por sua incrível história de vida.

Nessa mesma ocasião, conheci pelas mãos do Dr. Zé Olavo, o Jornalista Aldo Martin Sotero e o Sociólogo Luiz Carlos Martins, igualmente idealistas e grandes conhecedores da obra de Lima Barreto. E com a ajuda destes dois (embora ambos não aceitassem, a princípio a condição de Acadêmicos, por razões pessoais) pegamos o embrião e tornamo-lo feto.

De 2002 até o início de 2010, reexistimos basicamente fazendo palestras e reuniões de estudo sobre Literatura Brasileira, alertando os novos escritores para o risco da banalização e consequente deteriorização da nossa cultura. Porém, as dificuldades operacionais provocadas, de certa forma, pelo hermetismo nos antigos procedimentos regimentares que inviabilizavam novas ações, nos despertou para a necessidade de uma reformulação normativa.

Mas foi somente em 2012 que, alertado pelo Professor Gélcio Sormani, interessei-me particularmente pelo projeto de inclusão literária mantido pelo Luiz Carlos Martins, a Câmara Brasileira de Jovens Escritores, já que percebi visível e declarada a preocupação daquela Câmara em manter viva na mente dos novos poetas e escritores a necessidade de não desistir dos “nobres ideais de nacionalidade”.

Ressurgimos, então, acrescentados dessa vez pelos talentos da Engenheira Bia Weisel e do Jornalista Ruy Travesso, que nos ajudaram muito a fundar o 1º Colegiado de Escritores Brasileiros, com o propósito de aglutinar autores compromissados com os nossos ideais, cuja máxima pode ser escrita desta forma:

“Não há cultura que seja melhor ou pior que outra; há simplesmente culturas. A questão é que algumas culturas, por desatenção ou descaso, vão se tornando tão subalternas que acabam perdendo de vez a sua identidade, a sua razão de ser.”

Nota:

Em sessão extraordinária, realizada em 13/09/2013, foram eleitas pro tempore a nova Diretoria L.A.L.B. e a nova Mesa Diretora do 1º Colegiado de Escritores Brasileiros.  Esta renovação temporária dos quadros dirigentes, prevista nos estatutos, tem como objetivo a implantação de uma nova sistemática operacional ajustada aos novos planos diretores desta Casa.

 Saudações fraternas

Yvor Fortunato – Presidente pro tempore da L.A.L.B.